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Em sessão aberta do Consun, comunidade da UFRGS diz não ao Future-se

O Salão de Atos ficou pequeno para as cerca de 2 mil pessoas que se reuniram, na manhã de sexta (16), com o objetivo de discutir o programa Future-se e debater a respeito da adesão ou não da UFRGS. A sessão Aberta do Consun, convocada de forma extraordinária, levou estudantes e trabalhadores a lotarem não apenas o espaço do debate, como também o vão entre o Salão e a Reitoria, e ainda a sala anexa, onde houve transmissão em telão.

 

Análises, manifestos e outros materiais sobre o programa Future-se: leia aqui

O professor Rui Vicente Oppermann, reitor e presidente do Consun, abriu os trabalhos apresentando os principais pontos do projeto. “Alguns aspectos ameaçam a própria natureza do ensino público superior gratuito socialmente referenciado”. Convidada a participar da sessão, a professora da Faculdade de Educação da UFRGS, Maria Beatriz Luce, comentou que nunca sentiu tanta preocupação como no presente. “As ameaças nos atingem institucionalmente.”

Entidades dizem NÃO

Juca_siteTodas as entidades representativas da comunidade acadêmica se colocaram veementemente contra a adesão ao programa. Representando o ANDES/UFRGS, o professor Juca Gil recordou os diversos documentos já editados sobre o programa, reforçando que não faltam estudos e elementos para posicionamento. “Entre cortes e contingenciamentos, estamos sofrendo um verdadeiro embargo financeiro. Apresentam o Future-se como uma manobra de chantagem, para que abdiquemos da autonomia universitária, nos entreguemos ao mercado capitalista e abracemos a privatização como pretensa salvação.” O docente classifica o programa como uma agressão. “Queremos seguir formando cidadãos, fazendo ciência, com pluralidade de ideias.” Confira aqui a fala completa do professor.

Frederico Bartz, representante da Assufrgs, salientou o viés destrutivo do projeto, que não prevê o papel dos técnico-administrativos. “Os técnicos serão terceirizados e precarizados, e a carreira será extinta.” Já Ana Paula Santos, coordenadora-geral do DCE, afirmou que não há “parte boa” no Future-se. “Ele acaba com a Universidade como a conhecemos.” Rodrigo Fuscaldo, coordenador-geral da APG, reforçou que os programas de pós-graduação devem se transformar em departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento de empresas privadas. “Vamos atender interesses do mercado, prejudicando a Universidade e o povo.”

Para Marianna Rodrigues, diretora da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), trata-se de mais um elemento para ampliar a iniciativa privada por meio de recursos públicos. Já o representante da UNE, Luis Filipe Eich, propõe que seja elaborado um outro projeto para as universidades federais, em contraposição ao Future-se. O professor Jairo Bolter, representante da Adufrgs-Sindical, lembrou que, além de rechaçar o Future-se, é necessário fazer uma ampla discussão sobre a EC95, que institui o teto dos gastos públicos.

Plenário também se manifesta

Depois da fala das entidades, a plateia se manifestou por meio de sorteio. Presidente da seção do ANDES-SN na UFRGS, a professora Elisabete Búrigo lembrou que o presidente Bolsonaro quer destruir a Constituição. “Viemos aqui aos milhares para dizer ao Conselho Universitário que não existe alternativa: não podemos renunciar à autonomia da Universidade. Somos obrigados a dizer não ao Future-se!” Já a professora Maria Ceci Misoczky, da Faculdade de Administração, ressaltou que o silêncio da UFRGS sobre o tema até o momento tem sido ensurdecedor. “Precisamos marcar que, a partir da comunidade universitária, a UFRGS, com sua voz tão importante no cenário nacional, diz não!”

Docente do Instituto de Informática, o professor Sérgio Bampi destacou que se está subestimando a tática do governo. “Eles querem fazer os cortes que já começaram. O nosso ‘não’ está sendo usado estrategicamente para dizer que estamos abrindo mão de um valor que não existe, naqueles tweets primários, numa disputa pelos corações e mentes da sociedade.” Última a falar, a professora Beatriz Gil leu trechos da declaração da comunidade do Instituto de Letras rechaçando o programa.

Em votação simbólica, todos presentes ergueram a mão para dizer não ao programa do MEC, e aprovar a Declaração da Comunidade Universitária da UFRGS reunida na sessão.  Entre outros pontos, o manifesto salienta que o projeto Future-se “nasce de um processo não democrático de consulta à sociedade. A formulação da proposta não contou com participação das Universidades, das Reitorias, ou de entidades e associações que representem os segmentos universitários. Não contou com a participação de entidades da sociedade civil. A proposta, frágil em elaboração e eivada de imprecisões e indefinições, foi submetida à apreciação da sociedade por meio de uma consulta pública por exíguo período de tempo, insuficiente para discutir um projeto que afeta toda a estrutura da Universidade pública”.

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