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Docentes mantêm greve na Bahia, apesar do corte de ponto

29 de abril de 2019

Apesar do corte de ponto determinado pelo governo estadual da Bahia, os docentes das universidades estaduais mantêm a greve iniciada em 9 de abril.

No sábado, 27 de abril, a Coordenação da Aduneb (Seção Sindical dos docentes na Uneb) emitiu nota lamentando a postura do governo a respeito do ponto.  “Esta entidade sindical recebeu, com surpresa, a informação de que foram aplicadas faltas injustificadas aos professores aderentes à greve e, até (pasmem!) àqueles que se encontram licenciados das suas atividades. No sistema informatizado (RH Bahia) consta a ausência indevida de tais docentes, quando, na realidade, há o exercício regular de um direito, em vista das próprias condutas ilícitas do Poder Executivo Estadual, que violam a autonomia universitária, direitos estatutários como promoção, mudança de regime de trabalho, além do déficit salarial por ausência de reajustes ao longo dos últimos anos”, diz o texto.

Segundo a entidade, admitir a aplicação de falta injustificada e o consequente corte salarial da categoria docente apenas com o intuito de desmobilizar, como o que pretende fazer o Governo, é arbitrário e desrespeita o exercício do direito constitucional à greve. “Tal postura contraria o entendimento da STF que decidiu que a participação em greve, mesmo que antes da regulamentação, não transforma os dias de paralisação em movimento grevista em faltas injustificadas.”

A assessoria jurídica da Seção Sindical impetrou, no mesmo dia, mandado de segurança coletivo com pleito de medida liminar contra a lesão aos professores da instituição. “Vale o destaque de que o Governo do Estado da Bahia tem, sucessivamente, ferido a legalidade de dois grandes princípios que, constitucionalmente, regem a vida universitária. Um deles é a autonomia científica, didática, administrativa e financeira ao intervir no funcionamento da universidade e o outro princípio é o da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, prejudicada pela revogação do art. 22 do Estatuto do Magistério Superior que retira da universidade a liberdade para decidir sobre a distribuição da carga horária dos seus professores entre esses eixos”, acrescenta a nota da Aduneb, que frisa: “Em tempos de avanço do conservadorismo, é importante registrar que a greve e todos os atos políticos realizados pela categoria constituem mecanismos de defesa da democracia, contrários a posturas autoritárias e de caráter intimidatório”.

Reivindicações da greve

Professores e professoras das universidades estaduais da Bahia (Uneb), Feira de Santana (Uefs) e do Sudoeste do estado (Uesb) reivindicam a destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do Estado da Bahia para o orçamento anual das universidades estaduais (hoje, esse índice é de aproximadamente 5%), além de reposição integral da inflação do período de 2015 a 2017, em uma única parcela, com índice igual ou superior ao IPCA e reajuste de 5,5% ao ano no salário base para garantir a política de recuperação salarial, referente aos anos de 2015, 2016 e 2017, cumprimento dos direitos trabalhistas, a exemplo das promoções na carreira, progressões e mudança de regime de trabalho.

A Aduneb também denuncia condutas ilícitas do Poder Executivo Estadual, que violam a autonomia universitária, direitos estatutários como promoção, mudança de regime de trabalho, além do déficit salarial por ausência de reajustes ao longo dos últimos anos.

Na quinta-feira (25), centenas de docentes, estudantes e servidores técnicos fizeram um protesto no Centro de Salvador. Nova manifestação está prevista para o dia 1° de maio.

Solidariedade do ANDES-SN

O ANDES-SN  se solidariza com a categoria, defendendo reconhecimento, valorização e direitos aos docentes. “Trata-se de um ataque extremamente grave realizado pelo governador em um momento histórico, no qual as liberdades democráticas e o direito de lutar por direitos sociais da classe trabalhadora são seriamente ameaçados por governos e patrões”, diz nota divulgada pelo Sindicato Nacional. “Enquanto anuncia para a grande imprensa (inclusive utilizando verba pública para comprar matérias em jornais) que está aberto ao diálogo, Rui Costa (PT) escolheu realizar um ataque arbitrário e violento contra professoras e professores que hoje lutam contra cortes sociais e em defesa da educação pública e gratuita no estado da Bahia”, acrescenta a manifestação.

A Seção Sindical ANDES/UFRGS subscreve a nota do ANDES-SN, em solidariedade com os docentes baianos em greve pela defesa dos direitos.

 

 

 

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