18 de dezembro de 2018
Após o anúncio de que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai extinguir o Ministério do Trabalho, atos em todo o país reuniram manifestantes contrários à atitude. Em Porto Alegre, a concentração aconteceu na Avenida Mauá, em frente à Delegacia Regional do Trabalho (DRT), e uniu representantes de todas as centrais sindicais (CUT, CTB, CSP-Conlutas, UGT, Força Sindical, Intersindical e CGTB), além de sindicatos e federações de trabalhadores de várias categorias e do movimento estudantil.
Dentre as diversas perdas que o fim do Ministério trará aos trabalhadores, uma que se destacou na manifestação foi o destino do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que estaria na mira do superministro Paulo Guedes. Os recursos, oriundos da arrecadação de 1% sobre a folha de pagamento de todas as empresas, servem atualmente para bancar seguro-desemprego e obras sociais e de infraestrutura. Em 2017, o FAT movimentou R$ 57 bilhões. Bolsonaro e Guedes teriam planos de utilizar o dinheiro em outras áreas, o que representa uma ameaça à qualificação e ao amparo ao trabalhador, além de uma grande perda de direitos adquiridos a duras penas.
Seção Sindical ANDES/UFRGS 