• Sindicalize-se!

  • Site ANDES-SN

  • Assessoria Jurídica

  • Cartão TRI Passagem Escolar

  • Cartilha sobre Assédio Moral

Privatização é objetivo dos ataques à UFRJ e ao Museu Nacional

13 de setembro de 2018

Um triste cenário tem tomado conta de canais de comunicação após a tragédia que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Representantes do governo constroem um discurso para macular a imagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do reitor Roberto Leher, valendo-se de argumentos falaciosos e de dados manipulados. Tentam, assim, blindar o governo Michel Temer e a  Emenda Constitucional 95, que oficializa a precarização das instituições de ensino superior no Brasil.

Paralelamente, o anúncio da criação da Agência Brasileira de Museus (Abram), através de Medida Provisória no início desta semana, retira da UFRJ a responsabilidade pelas reformas do museu e configura o passo inicial da desvinculação total da entidade com a área de ensino.

Para a direção nacional do ANDES-SN, tais medidas visam a acelerar o processo de privatização da educação e dos serviços públicos. “Sabemos que esses ataques têm por objetivo desmoralizar a Universidade Pública brasileira, a exemplo dos ataques à UFSC, à UFMG e a um conjunto de docentes em todos os cantos do Brasil”, afirma nota pública divulgada pelo Sindicato Nacional, que se une à comunidade acadêmica e à sociedade em apoio à UFRJ.

Entre as ações, ocorreu um abraço simbólico ao Museu Nacional, convocado pelo ANDES-SN junto com outras entidades, e um ato na Cinelândia, que reuniu milhares de pessoas, demonstrando verdadeira indignação ao contexto de descaso contra diversos setores. Na última terça-feira (11/09), ex-reitores da universidade carioca se reuniram com a atual gestão para também manifestar solidariedade. “A UFRJ está quase completando um século de existência e tem contribuído sempre, com suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, para a formação de profissionais altamente qualificados, o avanço do conhecimento e a difusão e promoção da cultura. A garantia do êxito nessas atividades, para tanto, se fundamenta na preservação da sua autonomia. A atual crise impõe a união da comunidade acadêmica em torno da Reitoria e de medidas que possibilitem a solução urgente dos muitos problemas que nos afligem. É preciso continuar a cumprir nossa missão como instituição de ensino, pesquisa, difusão e promoção cultural”, diz nota divulgada logo após o encontro.

Mentiras manipuladoras

Logo após as manifestações de apoio ao Museu Nacional, à UFRJ e à comunidade acadêmica, começou a campanha caluniosa, dizendo que os sucessivos cortes orçamentários não seriam significativos para os problemas do museu, e que os mesmos seriam consequência de má administração. Se não bastasse, ainda se afirma que essa suposta má administração decorreria de orientação e filiação política do reitor e de seus pró-reitores.

O que acontece, na realidade, é que o orçamento da UFRJ (que contempla as despesas com manutenção geral, obras de infraestrutura, compra de equipamentos e construção de novos prédios) está passando há anos por cortes e contingenciamentos: foi de R$ 434 milhões em 2014 para R$ 421 milhões em 2017. A instituição prevê que encerrará este ano com déficit de R$ 160 milhões. A ADUFRJ-SeçSind lançou, inclusive, um boletim especial com os motivos que levaram ao incêndio.

A Emenda Constitucional (EC) 95, do Teto de Gastos, é parte importante desse cenário, visto que, em 2018, passou a valer também para o Ministério da Educação (MEC) e para as universidades federais. “Conhecemos, há muito tempo, a ‘receita podre’ do neoliberalismo para as instituições públicas: transformar tudo em mercadoria para ser rentável ao capital. Cortar recursos e forçar a privatização por dentro, através da venda de serviços, das parcerias público-privadas, da terceirização e da inserção de organizações sociais para gerir o bem público”, afirma a nota do Sindicato Nacional.

 

Lutar pela UFRJ e pelo Museu Nacional

A diretoria do ANDES-SN ressalta a importância de manter a mobilização em defesa da UFRJ e do Museu Nacional. Também reafirma sua posição contra a criminalização e a privatização da universidade. “O Museu Nacional, assim como todos os equipamentos das instituições públicas de ensino, precisa de recursos, e um dos principais investimentos deve ser feito em pessoal e infraestrutura, por isso repudiamos também o ataque da grande mídia e de parcela do empresariado à(o)s funcionário(a)s público(a)s, nos rotulando como ‘gasto’. Sem funcionário(a) público(a) não existe serviço público de qualidade”, completa a nota.

Uma Greve Geral em defesa dos serviços públicos de qualidade está em pauta, e pode ser definida após a marcha a Brasília nesta quinta-feira (13/09).

 

Saiba mais

 

Deixe um comentário

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

  • FUTURE-SE EM DEBATE

  • Canal Docente

  • Seção Sindical ANDES/UFRGS no Facebook

  • + notícias

  • Digite seu endereço de email para acompanhar esse blog e receber notificações de novos posts por email.

%d blogueiros gostam disto: