Quinta-feira, 6 de setembro de 2018
Há quase 40 dias em greve, os servidores do município de Porto Alegre realizaram ato na tarde da última terça-feira, 04 de setembro, em frente à Prefeitura. O objetivo foi alertar a sociedade sobre os ataques do prefeito Nelson Marchezan Jr. à cidade, sucateando os serviços públicos e negando direitos básicos a trabalhadores e trabalhadoras. Representantes do ANDES/UFRGS estiveram presentes, assim como membros de outros movimentos e sindicatos, prestando solidariedade aos municipários.
Após o ato, houve caminhada pelo Centro Histórico e distribuição de panfletos para explicar os motivos da paralisação, que busca uma mesa de negociação para discutir a Data-Base 2018.
Enquanto isso, na Rádio Guaíba, Marchezan disse em entrevista que o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (SIMPA) não representa a categoria, e que não haverá diálogo “com criminosos”.
Vitória na Câmara e próximos passos
Ainda na terça, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores deu parecer favorável ao pedido de renovação de votação do Projeto de Lei (PL) que institui o PrevPoa – novo regime de previdência dos servidores municipais. A decisão impede que o prefeito sancione o texto, aprovado em 6 de agosto. De acordo com o regimento interno da Casa, a votação interna seria inválida por não atingir o quórum qualificado de votos a favor.
Além de não prever cobertura previdenciária, não dar direito a resgate ao trabalhador quando acabar seu saldo e correr o risco de quebrar de uma hora para outra, caso haja retirada maciça de recursos, o PoaPrev necessita de um gasto inicial de dez milhões de reais, valor que poderia ser usado, por exemplo, para pagar os salários em dia. Na quinta-feira (06/09), nova assembleia vai definir os rumos do movimento.