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InformANDES na UFRGS, nº 51, 26/07/2018

Pauta:

1-UFAC abre sindicância contra docentes por lançamento de livro sobre Lula

2-Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

3- Escute, pela internet, o programa Voz Docente desta semana

1-UFAC abre sindicância contra docentes por lançamento de livro sobre Lula

A Universidade Federal do ABC (UFABC) abriu sindicância contra os docentes Gilberto Maringoni, Giorgio Romano e Valter Pomar por terem organizado o lançamento de um livro sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dentro da universidade no dia 18 de abril.

A Comissão de Sindicância Investigativa nº 23006.001375/2018-70 foi instalada após uma denúncia anônima encaminhada à Corregedoria da UFABC, acerca do lançamento do livro “A verdade vencerá” em um auditório no campus São Bernardo do Campo da universidade.

Os três professores, filiados à Associação dos Docentes da Universidade Federal do ABC (Adufabc – Seção Sindical do ANDES-SN), receberam, no dia 24 de julho, um e-mail em que se pede que respondam, preferencialmente até o dia 26 de julho, alguns questionamentos. Dentre eles: se participaram da organização do evento nas dependências da universidade, quais outras pessoas participaram; qual o objetivo da organização do evento; se houve venda de livros; se houve apologia ao crime ou manifestações por parte de servidores em horário de serviço a favor de Lula e partidos de esquerda; e/ou desapreço contra o presidente Michel Temer e integrantes do poder Judiciário.

A Adufabc-SSind enviou no mesmo dia uma carta pública à reitoria da instituição denunciando o caso. Segundo a Seção Sindical do ANDES-SN, “esta é uma situação grave que extrapola os procedimentos burocráticos e administrativos, constituindo uma ameaça à liberdade acadêmica e aos direitos políticos constitucionais, uma demonstração dos riscos de perseguição política e assédio moral envolvidos no denuncismo acobertado pelo anonimato, sem falar no desperdício de recursos humanos e materiais”. Na carta, a Adufabc-SSind ainda solicita uma reunião com a reitoria e recomenda aos investigados que não respondam ao questionário. Um dos perseguidos, Valter Pomar, diretor de imprensa da Adufabc-SSind, não organizou o evento e sequer esteve presente na data.

Segundo um dos docentes perseguidos, Gilberto Maringoni, há um padrão perigoso sendo desenhado em processos administrativos no setor público, em que o acusado recebe uma intimação para responder determinadas questões em prazo exíguo, sem saber do que está sendo acusado ou no que consiste a investigação em curso. Somando-se a isso, a possibilidade de realizar a denúncia de forma anônima. “Denúncias anônimas se justificam quando o acusador está sujeito a riscos – inclusive de vida – por sua ação. A banalização do anonimato em um ambiente persecutório e de ativismo judicial é capaz de dar margem a barbaridades típicas de regimes ditatoriais. Qualquer um, a partir de fatos corriqueiros, tem a prerrogativa de constranger a outro de forma irresponsável”, criticou o docente.

Em nota publicada na quarta-feira (25), a diretoria do ANDES-SN manifestou total solidariedade aos docentes da UFABC. Repudiando com veemência a instalação da referida comissão, a direção do Sindicato Nacional solicita esclarecimentos por parte da universidade.

Segundo a nota, a “Universidade é espaço da produção acadêmica, da diversidade de ideias e do livre pensamento. A produção cientifica deve contribuir na leitura de mundo e na criticidade, debater a conjuntura e publicar obras que se proponham a analisá-la não é crime, é uma prática docente”.

Ao fim da nota, o ANDES-SN se coloca à disposição para acompanhamento político e jurídico junto à seção sindical.

Com informações de Adufabc-SSind.

Confira também a nota da reitoria da UFABC.

Leia também: Comissão do ANDES-SN contra perseguições a docentes é instalada em Brasília

 

2-Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

O dia 25 de julho marcou o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. No Brasil, o dia também é em homenagem à Tereza de Benguela, líder quilombola que se tornou rainha, resistindo bravamente à escravidão por duas décadas. Este ano, a data traz à tona a luta da mulher contra o feminicídio, as reformas que destroem os direitos do povo brasileiro, principalmente, das mulheres negras e por reparações à comunidade negra.

“Essa data é importante porque chama a reflexão para a situação de setores mais explorados e oprimidos da sociedade, que é a mulher negra Latino-Americana e Caribenha, e para os indicadores sociais, econômicos, políticos, que denunciam essa condição da mulher na sociedade brasileira”, disse Cláudia Durans, 2° vice-presidente do ANDES-SN e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Política de Classe para Questões Etnicorraciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do Sindicato Nacional.

Segundo a profª Cláudia, a data possibilita também resgatar a história da mulher negra no Brasil. “É um histórico de luta e resistência, como no período colonial, em que mulheres enfrentaram o escravismo, dirigindo insurreições, fazendo parte da direção dos quilombos, como é o caso da Tereza de Benguela. E esse resgate é importante, pois a mulher negra chefia famílias e garante o sustento familiar”, afirmou a docente.

Tereza de Benguela liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho. Conforme documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 indígenas. O quilombo, localizado no Vale do Guaporé (MT), resistiu da década de 1730 até o final do século XVIII. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770.

Violência contra as mulheres negras

O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo (dados de 2017), perdendo somente para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia, com a triste marca de 13 mulheres vítimas de homicídio por dia, de acordo com dados de 2015 do Mapa da Violência elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). De acordo com o Mapa da Violência de 2015, entre 2003 e 2013, aumentou em 54,2% o número de assassinatos de mulheres negras, enquanto, no mesmo período, houve diminuição de 9,8% para as mulheres brancas.

A profª Cláudia Durans explica que o índice de violência contra a mulher negra aumentou e que a situação da mulher negra tende a se agravar com a contrarreforma da Previdência, em curso, e as já aprovadas leis Trabalhista e das Terceirizações. “As contrarreformas implementadas pelo Capital, através do governo Temer, atacam ainda mais os setores vulnerabilizados da sociedade, no que diz respeito à aposentadoria das trabalhadoras rurais e às relações de trabalho, que ficarão ainda mais fragilizadas com a terceirização ampla e irrestrita”, ressaltou Cláudia, pontuando que as contrarreformas estão na contramão da conquista de direitos das empregadas domésticas, por exemplo.

Origem

A data de 25 de julho teve origem durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992. Ao longo dos anos, a data vem se consolidando no calendário de luta do movimento negro e tem resgatado a luta e a resistência das mulheres negras, bem como cumprido o papel de denunciar as consequências da dupla opressão que sofrem, com o racismo e o machismo. Ainda no mês de julho, é comemorado, no dia 31, o Dia da Mulher Africana.

Fontes: Andes-SN e Assufrgs

 

3- Escute, pela internet, o programa Voz Docente desta semana

  • Ouça AQUI o programa nº 30/2018, do dia 25 de julho de 2018

No Roteiro

– Entrevistamos o diretor do ANDES/UFRGS, professor Juca Gil sobre a realização da Anped-Sul em Porto Alegre;

No Notícias Expressas

1-Votos de seis vereadores amordaçam a educação em São Lourenço do Sul;

2-ANDES-SN repudia a condenação de 23 ativistas das Jornadas de Junho de 2013;

3-Nascido na Argentina, movimento La Poderosa realizará fórum latino-americano em Porto Alegre;

4 – ANDES-SN realiza atividades durante reunião da SBPC

5 – Guardiões de sementes crioulas: uma luta por autossuficiência, sabor e saber

Voz Docente é semanal, produzido pela Seção ANDES/UFRGS, em parceria com as Seções Sindicais da UFPEL, da FURG e a Regional/RS do ANDES-SN, e radiodifundido às quartas-feiras, às 13h, na Rádio da Universidade, 1080 AM ou on-linehttp://www.ufrgs.br/radio/

O programa é também veiculado três vezes por semana em Pelotas: pela Rádio Federal FM 107,9, emissora da UFPel, e pela RádioCom 104.5 FM.

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