PAUTA:
1-Na próxima semana (16 a 20/11), haverá atividades de mobilização contra os ataques à Educação Pública.
2-Assédio: sua “exacerbação” contemporânea e a hegemonia da “Hidra mundial” dos 28 bancos mundiais.
3-Manifestações contra o deputado Eduardo Cunha pedem sua saída.
1-Na próxima semana (16 a 20/11), haverá atividades de mobilização contra os ataques à Educação Pública
A Seção ANDES/UFRGS está discutindo, com a Assufrgs, o DCE e a APG, a organização de atividades conjuntas durante a próxima semana.
O dia 17 será o Dia Nacional de luta em defesa do caráter público da universidade: contra a PEC 395/2014, PLC 77/15 e PL 4643/12
O ANDES-SN chama a realização de um Dia Nacional de Luta, na próxima terça-feira, 17 de novembro. O objetivo é barrar os três projetos legislativos que atacam diretamente o caráter público da educação e da ciência e tecnologia no Brasil:
-O PLC 77/2015 visa ampliar a consolidação das Parcerias Público-Privado na área de Ciência e Tecnologia.
-O PL 4643/2012 possibilita investimentos da iniciativa privada, de pessoa física e jurídica, nas instituições federais de ensino (IFEs), cuja natureza é pública.
-A PEC 395/2015 permitirá a cobrança de taxas para os cursos de extensão, especialização e mestrado profissional. Com isso, põe em risco o princípio constitucional da gratuidade da educação nas instituições públicas.
É possível reverter a aprovação, em 1º turno, da PEC 395
Entre as atividades propostas está a realização de uma chuva de e-mails sobre os parlamentares gaúchos para votarem contra a PEC 395 e os demais PLs.
A PEC 395 foi aprovada, em 1º turno, em outubro, por uma margem estreita de dez votos. O Sindicato Nacional e demais entidades comprometidas com a defesa do Ensino Público Gratuito entendem que é possível reverter esse cenário no segundo turno da votação, com a intensificação da pressão sobre os deputados federais, nos estados e no Congresso Nacional, para que votem pela rejeição da PEC 395/2014.
Leia mais: Campanha Nacional contra a PEC 395 muda voto de deputados do Mato Grosso
2- Assédio: sua “exacerbação” contemporânea e a hegemonia da “Hidra mundial” dos 28 bancos mundiais
O prof. Álvaro Merlo (Medicina/UFRGS) foi o primeiro palestrante da mesa de abertura do Seminário sobre Assédio Moral, ocorrido em 04/11. Após a palestra, foi entrevistado, pelo mail, por este boletim.
Por que há, hoje, uma “exacerbação” do assédio moral?
Foi pedido que ele esclarecesse porque a questão do assédio moral se tornou, hoje, um tema concreto, atual. Parece que, antes, não era assim tão presente, não existia?
O sociólogo e professor da Faculdade de Medicina da UFRGS respondeu “É claro que o assédio moral existe (quase) desde sempre na história do trabalho, mas houve uma enorme exacerbação nos últimos 15 anos. E a origem disto está bem identificada”. Qual é essa origem?
O “discurso único” do “produtivismo” para “garantir a rentabilidade e a competitividade”
Explicou o professor: “As área de administração das empresas têm hoje um discurso único e passam o tempo reproduzindo modelos trazidos por consultores externos, que só têm uma preocupação: garantir a rentabilidade e a competitividade da empresa. O bom consultor é o que traz resultados positivos mensuráveis, isto é, ganhos financeiros”.
E daí? “As consequências para a saúde física e mental estão à vista! Só é possível manter altas taxas de lucro explorando ainda mais os trabalhadores, pressionando para que ampliem sua produtividade. O resultado dessas ‘políticas de [gestão] de pessoal’ é uma série de sofrimentos psicológicos dos trabalhadores.
Como questionar esse estado de coisas?
Respondeu o prof. Merlo: “Para mim uma das formas mais incisivas de enfrentamento na discussão com as empresas e seus RHs [setor de “Recursos Humanos”] é utilizar o argumento de que não existe uma única maneira de fazer as coisas e de que as consultorias e seus ‘pacotes’ trazem mais danos que vantagens para a empresa.
E continuou: “Penso que aí está o ‘tendão de Aquiles’. Quando se questiona por que as coisas estão sendo feitas daquela maneira, se elas causam tantos danos a saúde dos trabalhadores e que existem outras maneiras possíveis de tornar a empresa competitiva, eles ficam perplexos! Essas pessoas simplesmente não param mais para pensar!”
A superpoderosa “Hidra mundial” dos 28 bancos de dimensões mundiais
Solicitado a voltar à questão desse domínio total, dessa imposição da lógica privada em todos os setores, inclusive no setor público, o prof. Merlo repetiu enfaticamente que “há uma nova hegemonia do capital financeiro: os Estados tornaram-se completamente reféns dos grandes bancos e fundos de investimento! A crise na Grécia tornou essa discussão pública em vários países”.
E, para maiores explicações, remeteu ao livro A hidra mundial, em que o economista François Morin mostra como 28 bancos de dimensões mundiais constituíram um nefasto oligopólio, que é tudo menos de interesse público.
Para colocar os cidadãos a salvo de desastres financeiros futuros, o prof. F. Morin considera que é necessário terminar com esses bancos, que ele compara com uma hidra, e repatriar o dinheiro para o espaço público.
Para saber mais sobre a “hidra mundial dos 28 bancos”, leia tradução de resenha do jornal Libérationsobre o livro, aqui
3-Manifestações contra o deputado Eduardo Cunha pedem sua saída
No último sábado, 07/11, ocorreram manifestações contra o deputado Eduardo Cunha, pedindo sua saída, em várias cidades do país.
No Paraná, o presidente da Câmara foi alvo de protestos durante sua passagem em Curitiba: Manifestantes protestam contra Cunha em Curitiba Mobilização pediu renúncia de presidente da Câmara dos Deputados
Em Brasília, houve queima de boneco: Protesto queima boneco de Cunha em frente ao Congresso Nacional Manifestação terminou com três pessoas detidas
O movimento “Fora Cunha” vem ocorrendo em várias partes do País, como em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, Porto Alegre, etc. Além de pedir sua saída, os manifestantes se posicionam contra vários projetos de lei de autoria do deputado ou com destacado apoio dele. Foi o caso em Curitiba. Em São Paulo, Porto Alegre e outras cidades, o mote dos atos era contra o projeto de lei que dificulta o aborto legal e criminaliza até quem disponibilizar informação sobre aborto! Segundo a imprensa, o Ato em São Paulo reuniu cerca de 5.000 manifestantes; em Porto Alegre, foram de 1.000 a 2.000.
Essa movimentação em várias capitais estaduais vem repercutindo nacionalmente. Assim, na segunda-feira 09, em Pelotas, aproximadamente 150 pessoas participaram, durante a tarde, do protesto “Pílula Fica Cunha Sai”. Munidos de cartazes, adesivos, faixas e instrumentos musicais, os e as manifestantes, em sua maioria mulheres, se concentraram no largo Edmar Fetter, no Centro da cidade. “Vimos as notícias dos atos e combinamos por meio da rede social que Pelotas deveria se unir às pessoas no país contra o projeto de lei 5069 que fere, principalmente, as conquistas das mulheres”, explicou uma das organizadoras do movimento na cidade. Como nas outras cidades, elas protestaram contra o projeto de lei do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) que dificulta o aborto legal em caso de estupro.
Porto Alegre: mulheres fazem marcha na capital contra projeto do presidente da camara dos deputados
Porto Alegre: Após protesto de ontem Grupos feministas preparam novo ato anti-Cunha
São Paulo: Mulheres foram às ruas protestar contra o projeto de lei que dificulta o aborto legal
Pelotas: Grupo protesta contra PL que dificulta aborto em caso de estupro
Sobre o projeto de lei de Eduardo Cunha: Projeto de Cunha que dificulta aborto é considerado “absurdo” por especialistas
Seção Sindical do ANDES-SN: sindicato de verdade!
– Ensino Público e Gratuito: direito de todos, dever do Estado!
– 10% do PIB para Educação Pública, já!
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